A direção do Sindicato APEOC cobrou da Prefeitura de Itaiçaba um posicionamento acerca do reajuste salarial dos professores do município. O Sindicato, representado pelo vice-presidente da entidade, Reginaldo Pinheiro, reuniu-se na manhã desta sexta (10) com o prefeito de Itaiçaba, José Orlando de Holanda, para negociar o aumento no salário dos professores que ainda não foi pago.

No encontro, estavam presentes o assessor jurídico do Sindicato, Ítalo Guerreiro, o presidente da comissão municipal da APEOC em Itaiçaba, Ernandes do Carmo, e a secretária de Administração e Finanças do município, Meire Gomes da Silva.

Impasse salarial

Durante a reunião, o vice-presidente, Reginaldo Pinheiro, reforçou o papel do Sindicato em defesa do pleito dos trabalhadores. No caso de Itaiçaba, a Prefeitura já tinha enviado à Câmara Municipal um projeto de lei garantindo um reajuste de 10% aos professores da cidade. Sem qualquer negociação com a categoria, o prefeito retirou o projeto alegando que o aumento ia extrapolar os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. Diante do impasse, o Sindicato APEOC quer negociar a liberação do aumento, garantindo o direito dos servidores da Educação. Ainda durante a reunião, o representante da APEOC, Ernandes do Carmo, entregou um dossiê com várias informações relativas ao impacto do aumento nas contas do município, defendendo a viabilidade do pagamento do reajuste.

Além da questão salarial, também foi tratado da aplicação dos repasses da Educação para melhorias nas escolas, principalmente em relação à climatização e iluminação, como também reformas. O prefeito se comprometeu em agilizar o atendimento dessas reivindicações. O Sindicato solicitou à prefeitura um calendário de reuniões para acompanhar o caso.

Fundef

Durante a reunião, o prefeito José Orlando sinalizou que vai repassar 60% dos recursos do precatório do Fundef de Itaiçaba para os professores, como defende o Sindicato APEOC nas negociações com os municípios. O acordo deve ser oficializado em reuniões posteriores. O município já ganhou, junto à Justiça, o direito ao recebimento da diferença do FUNDEF. A previsão é de que os professores recebam o precatório já em dezembro deste ano. O valor total estimado é de cerca de R$ 6 milhões.